quarta-feira, 6 de abril de 2011

O PERDÃO

Importância – Mt. 6: l4,15 e 18: 21,22 . Em primeiro lugar, por ser uma ordem expressa do Senhor Jesus. Em segundo lugar, sem isto, NÃO obtemos o necessário perdão de Deus para as nossas faltas e pecados.

Perdoar, o que significa? Para chegarmos à resposta a esta pergunta, é necessário entender a natureza da Ira.

Em que consiste a ira? A ira é uma “carga emocional” violenta, claro, na área de nossa alma correspondente aos “sentimentos” provocada por uma sensação de “prejuízo” ou violação de um “direito” de uma pessoa ou de alguém que ele muito ama ou considera. P.EX. Alguém “xinga” (injustamente) você ou alguém de sua família de ladrão. Você sente uma reação muito forte, contra aquela pessoa.(o “agente” provocador da ira).

Alguns textos: Sl. 37:8; Ec. 7: 9; Mt. 5:22; Ef. 4:31; Cl. 3:8. Sua leitura pode nos ajudar a nos prevenirmos contra os perigos da ira.

Sentir ira é pecado? Não. Porque a ira é um sentimento inevitável.  Cf. Sl. 4:4; Ef. 4:26,27

Os perigos da ira

  • Quando ela é “ventilada”: conforme o temperamento da pessoa que recebe a ofensa: se for alguém de “estopim” curto, isto é, que reage violentamente no momento de ira, ela: briga, xinga, blasfema, numa verdadeira “explosão”, com conseqüências imprevisíveis.  Mas a ira logo “desaparece” sem outras conseqüências.
  • Quando a ira é “recolhida”; não há, aparentemente, nenhuma reação da pessoa ofendida. Entretanto, a alma da pessoa ofendida sofre um processo evolutivo de “marcas” que podem ser assim definidas:
  1. Mágoa: (mácula, mancha, também definida na Bíblia como “raiz de amargura”) uma espécie de “dor psíquica” cada vez que a lembrança da ofensa vem à tona. A Bíblia ensina que o tratamento da ira deve ser imediato à ofensa, não deve ficar nem para o outro dia. Sl. 4: 4-“ Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração e sossegai. Ef. 4: 26-“Irai-vos e não pequeis; não  se ponha o sol sobre a vossa ira”
  2. Ressentimento: é uma “ferida” na alma em que a mágoa não foi “apagada”.A presença ou a simples lembrança do ofensor, como que “repete” aquele momento de ira. O antídoto para o ressentimento é o amor: “O amor não se ressente do mal”.  1Co. 13:5
  3. Ódio: o ressentimento, quando não tratado pode evoluir para o ódio. Podemos afirmar que o ódio é uma “enfermidade” da alma, cujo sintoma é um total repúdio, uma barreira quase intransponível entre o ofensor e o ofendido. O cristão deve estar prevenido tratando a tempo suas mágoas e ressentimentos para que o ódio não se instale em seu coração!Leia: Pv. 10:12, 18; 27: 6. No reino de Deus, o ódio é totalmente proibido, pois destrói relacionamentos e anula a comunhão! Cf. 1Jo. 2:9, 11; 3: 15 e 4: 20.


O tratamento da ira e seus efeitos:

    1. Tratamento preventivo: pelo cultivo da mansidão. Cultivando em seu coração um profundo espírito de mansidão você vai gradativamente perdendo a capacidade de se irar. Há dois exemplos na Bíblia que devem ser imitados. Jesus: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc.23:34)                                                                                                                                                                                                                                        Estevão: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At. 7 :60)
    2. Tratamento curativo: pelo cultivo do perdão.  O perdão é o processo de cura da alma enferma pela ira e suas conseqüências.
Funcionamento: (um caminho “estreito”)
1.      Consciência de obediência. Deus manda perdoar; Deus não jamais mandaria fazer uma cousa impossível! 1 Sm. 15:22; Fp. 2:5
2.      Orando pelo “agente” da ofensa. Lc. 6:28; Mt. 5: 44,45
3.      Pedir a Deus uma oportunidade para fazer algo bom ou prestar um serviço ao “agente” da ofensa.Lc. 6: 32-36; Rm. 12:19-21.
4.      Na igreja: restabelecer o relacionamento normal (amigável) como o “agente” da ofensa. Mt. 18:15-17
Conclusão: Não podem permanecer barreiras no meio cristão, TÁ?
                    Terminei com a parábola do credor incompassivo: Mt. 18:23-35
                             
O PERDÃO
Observação complementar
Na década de 90, durante um dos nossos acampamentos, tive o privilégio de aprender com o pastor David Simons, que o cumprimento deste importante mandamento do Senhor, não depende exclusivamente de nossa vontade. É por isto que muita gente diz: eu quero perdoar, mas não consigo!
·         Em oração você DIZ ao Senhor, de modo específico que quer perdoar a ofensa “x” do agente “y”.
·         Então o Espírito Santo começa trabalhar em sua alma, como que uma “esponja”, apagando as “marcas” daquela ofensa. 
·         De repente, você sente sua alma inteiramente “limpa” de qualquer tipo de mágoa, ressentimento ou ódio! Aleluia!
Conclusão: o perdão acontece quando você faz uma “parceria” com o Senhor. Seu desejo de perdoar aliado a uma operação do Espírito Santo em sua alma. Amém!


                                                  Pr. Marçal

Um comentário:

  1. Querido Pastor Marçal, extremamente edificante seu estudo. Que DEUS nos abençoe com lares cristãos e famílias fortes!! Obrigada pelo texto!! Abraço
    Lara e Cleber

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