segunda-feira, 6 de junho de 2011

DÍZIMOS

I. CONCEITUAÇÃO: É a décima parte das rendas, consagrada ao SENHOR ( cf. o dicionário da Bíblia, John Davis, pág. 164 ).
Dizimar, então, significa entregar (consagrar) a Deus, a décima parte dos rendimentos. 


II. HISTÓRICO: leia, com atenção o capítulo 14 de Gênesis, cuja síntese encontra-se na parte final do versículo 20: “e de tudo lhe deu Abrão o dízimo”. Quem recebeu esse dízimo foi Melquisedeque, rei de Salém (mais tarde denominada Jerusalém) aqui denominado sacerdote do Deus Altíssimo. É interessante observar que o dízimo “nasceu” antes da FÉ ( ! ), uma vez que, somente no capítulo seguinte, aparece, pela primeira vez na Bíblia o conceito de fé : “E (Abrão) creu no SENHOR e isso lhe foi Imputado para justiça”. (Gn. 15 : 6 ). 


III. O DÍZIMO, FATOR DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA: revendo a história do povo de Deus, no Antigo Testamento, descobrimos, entre os mandamentos da Lei uma cláusula determinando que a décima parte de toda a renda de cada pessoa física, PERTENCE a Deus. (Lv. 27 : 30 ) e outra interessante disposição da mesma Lei: se alguém quisesse reter essa décima parte, poderia comprá-la, desde que, ao seu valor de mercado acrescentasse 20%, isto é, o quinto desse valor. (Lv. 27 : 31 ) E daí, pode-se perguntar : e qual era o destino desse dízimo?


Naquele tempo, o sustento de uma população provinha do cultivo da terra; Ora, a ocupação, pelos israelitas da TERRA prometida, se deu por uma criteriosa distribuição entre as suas tribos, mas com uma exceção: a tribo de Levi. Seus componentes não receberam herança, isto é, uma parte em terras como as demais, (a não ser pequenas hortas em torno de suas moradias) mas tiveram a seu encargo, todo o serviço religioso, bem como a respectiva responsabilidade sacerdotal. Por isso Deus determinou que o produto dos dízimos das outras tribos seria entregue aos levitas, garantindo assim o seu sustento. (Cf. Nm. 18 : 21, 23, 24 e 31). Assim eles não ficariam desamparados!! (Cf. Dt. 12 : 19 e 14 : 27).


CONCLUSÃO: se aceitamos a Bíblia como nossa regra de fé, já podemos concluir:
   1º) A décima parte de nossa renda PERTENCE a Deus.
   2º) A aplicação principal desse dízimo é o sustento de nossos irmãos destituídos de renda própria para esse fim.




IV. PESOS E MEDIDAS NO REINO DE DEUS:
Descobrimos na Bíblia que, os pesos e medidas, no reino de Deus, não são considerados, por seus valores absolutos e sim tomados por seus valores relativos. Alguns exemplos: em Mt. 20:1-16 em que um denário estaria pagando um dia de serviço como também 9h, 6h, 3h ou mesmo apenas 1h de trabalho. Assim temos: 9=6=3=1 (!?). E na parábola dos talentos, cf. MT. 25:14-30, em cujo relato, levando em conta a retribuição pelo serviço prestado, 5=2 e 1=0 (!?). Vejamos, agora o caso da viúva pobre: cf. Mc. 12:41-44, um quadrante, correspondente a duas pequenas moedas, vale mais do que grandes quantias; nessa medida o Senhor foi ainda mais expressivo: 2=100% (isto é, TUDO) !! cf. Lc. 15:07, 1 vale mais do que 99 (!?).

Consideremos, agora, um caso concreto que possa ocorrer em uma igreja: “A” ganha, por mês, 1.000 e “B” 6.000 reais. No caso de serem ambos dizimistas, o primeiro entrega 100 e o outro 600 reais. Nenhum deles contribuiu mais, nem menos do que o outro, porque na matemática do reino de Deus, 100=600 (!!). Percebemos que o dízimo obedece ao princípio bíblico da equivalência de valores, não pela sua igualdade, mas pela sua proporcionalidade (!!). E o que é mais importante, incute no cristão a firmesa de que a Bíblia é, de fato a sua regra de fé.

V.CORRIGINDO A NOSSA TERMINOLOGIA:
E se, pela nossa regra de fé, cremos que O DÍZIMO É DO SENHOR, devemos expressar corretamente: entregar ao invés de dar o dízimo. Outra coisa: dízimo não é oferta.

Podemos dizer que oferta é toda e qualquer contribuição voluntária para a obra de Deus, além do dízimo. Pois o dízimo já é do SENHOR.

E a quem entregar o dízimo ?                             

VI. A QUEM ENTREGAR OS DÍZIMOS ?
Para responder, vamo-nos reportar ao capítulo 14 de Gênesis. Abrão, (seu nome ainda não havia sido mudado para Abraão) voltava de uma guerra na qual obteve estrondosa vitória: com apenas 318 trabalhadores de sua propriedade agrícola, sem nenhum preparo militar, venceu a poderosa confederação de quatro reis, chefiados por Quedorlaomer, rei de Elão. Trouxe de volta todos os pertences de seu sobrinho Ló, e também os de Bera, rei de Sodoma, os quais haviam sido capturados em guerra anterior; de passagem por uma região próxima a Salém, (antigo nome de Jerusalém), o patriarca interrompeu a viagem para realizar um culto especial de gratidão, o qual foi dirigido por Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, e rei daquela cidade. É bom lembrar que Melquisedeque significa Rei de Justiça. Juntos, celebraram aquela sensacional conquista. Na cerimônia, os símbolos utilizados foram PÃO e VINHO, trazidos pelo sacerdote. Segundo o Salmo 104, vinho que nos alegra o coração, e pão que nos sustenta as forças. (E ainda faltou o azeite que dá brilho aos olhos!)
Abrão, reconhecendo que esta vitória foi obra do Deus Altíssimo, entregou o dízimo de tudo ao sacerdote do Deus altíssimo!!
Por essa descrição, aprendemos que a entrega dos dízimos deve ser feita a alguém que esteja a serviço do Deus Altíssimo e não a uma empresa cujos objetivos, como os de qualquer outra, é obter lucro para seus proprietários.
Em Malaquias, 3:8, a Bíblia afirma: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.” Aprendemos que todo aquêle que lança mão dos dízimos e ofertas em proveito próprio, está roubando a Deus. Abrão não ficou preocupado como Melquisedeque iria aplicar os recursos por ele recebidos, pois sabia que os havia entregue a alguém encarregado do serviço de Deus ! E, acima de tudo um REI DE JUSTIÇA ! Por tinha certeza que seriam utilizados para a Glória de Deus !

VII. COMO APLICAR OS DÍZIMOS?
A responsabilidade dos líderes responsáveis pela administração dos bens e valores de uma comunidade, é enorme!
Vejamos: na Bíblia, a única aplicação “visível” nos tempos do Velho Testamento era garantir o sustento da tribo dos levitas, cujos membros teriam seu tempo integralmente disponível para o serviço do SENHOR , pelo fato de não terem recebido herança, como as demais tribos, na distribuição da terra prometida. Todavia, não proíbe outro tipo de aplicação. Assim sendo podemos concluir: o dízimo é do SENHOR e deve ser aplicado no sustento da obra do SENHOR!

VIII. POR QUE A IGREJA PRIMITIVA DO NOVO TESTAMENTO NÃO ADOTOU O DÍZIMO COMO NORMA DE CONTRIBUIÇÃO?
A razão é que na visão daqueles irmãos, não apenas a décima parte do que eles tinham era do Senhor, mas tudo era do Senhor! Leia com atenção, no Velho Testamento, 1 Cr.29:1-21; Davi, rei de Israel, um homem segundo o coração de Deus, ao conclamar seu povo à contribuição para a construção do templo, já possuía esta visão: tudo pertence a Deus; na sua oração (vs.14), ele declara: “tudo vem de ti,[SENHOR] e das tuas mãos to damos !!” pois bem, a igreja primitiva herdou este conceito. Vale a pena ler em Atos, 4:32-37; destacamos: no vs.32, “ninguém considerava exclusivamente sua, nenhuma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum (!!);  no vs. 34: “pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos”. A graça de Deus era uma sublime realidade entre os nossos primeiros irmãos em Cristo!! Uma autêntica comunidade !!

   

IX. MAIS UMA PERGUNTINHA:
“e os levitas, que não possuíam herança, não faziam colheitas, não precisavam dizimar!? Como não!? Consideremos a instrução do SENHOR, cf. o registro de Números, 18:26,27:- “Também falarás aos levitas e lhes dirás: quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que vos dei por herança, deles apresentareis uma oferta ao SENHOR: O DÍZIMO DOS DÍZIMOS.  Atribuir-se-vos-á à vossa oferta como se fosse grão da eira e plenitude do lagar”.
 

X.EFEITOS COLATERAIS DO DÍZIMO:
na vida cristã, tornar-se dizimista, é, sem dúvida, uma excelente decisão. Como já foi demonstrado, por essa prática tornam-se iguais TODAS as contribuições. Todavia, pode provocar o aparecimento de algumas situações que não cooperam para a boa harmonia desenvolvimento espiritual da igreja. Por exemplo:


1.Pode criar uma constrangedora “classificação” do seus membros em dizimistas e não dizimistas. Imaginemos um pastor falando a um grupo de sua igreja: “levantem a mão os irmãos dizimistas (!!)”


2.Pode criar uma sensação de “superioridade” no dizimista. Leia Lc.18:10-14; nesse relato temos um ótimo exemplo: o fariseu  frente ao publicano: . . . “dou o dízimo de tudo quanto ganho(!!)”.


3.Um dizimista, pode facilmente cair no “legalismo”; ouvi dizer de um pastor que, ao receber um presente fazia questão de saber o preço, para que pudesse recolher o dízimo aos cofres da igreja (!?). Jesus criticou os fariseus que dizimavam a hortelã, o endro e o cominho . . . cf. Mt.23:23.


4.Ou poderá cair na armadilha de estar “negociando” com Deus; É muito interessante o exemplo de Jacó, cf. Gn. 28:20-22.. . “e, de tudo o que me deres, certamente te darei o dízimo (!?)”.


5.Além de correr o perigo de tornar-se infiel na entrega do dízimo. A Bíblia ensina, cf. Eclesiastes, 5:4,5:-“ Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo, porque Deus não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes, que votes e não cumpras.


XI.CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- Ótima coisa é adotarmos a Bíblia, como nossa regra de fé. Muito do que ela diz, só entenderemos na eternidade; mas assim como, mesmo não entendendo como funciona o aparelho de televisão podemos desfrutar do lazer que ele nos proporciona, igualmente podemos aproveitar os ensinamentos da Bíblia, que é a Palavra de Deus, para caminharmos neste mundo segundo a sua soberana vontade! Amém!



                                                 Humildemente, Pr. Antônio Marçal

quarta-feira, 4 de maio de 2011

FAMÍLIA CRISTÃ - Um projeto de Deus

PREFÁCIO
  • Na ocasião em que O Senhor me deu a oportunidade e o grande privilégio de pastorear a Igreja Metodista Central em Uberlândia, há dezenove anos atrás, encontrei ali um ambiente terrível, principalmente nesta área. Alguns irmãos, consagrados pastores daquela cidade vieram em meu socorro. Durante três ou quatro semanas seguidas, trouxeram-nos algumas palestras, as quais estavam centradas na experiência de suas próprias igrejas. Foi muito marcante para mim a ajuda do ilustre pastor Ary Scates, da comunidade “Chácara Shalon”, hoje, se não a maior, uma das maiores igrejas daquela cidade. Tive oportunidade de gravar suas palavras, e, em espírito de oração fui tentando colocá-las em prática... O resultado é que Deus abençoou grandemente aquele esforço, de modo que dois anos depois estávamos num ambiente completamente diferente! Para a Glória de Deus!

  • O resultado desta aprendizagem, embora as fitas, infelizmente, muito mal gravadas,  tenham-se perdido com o tempo, procurei transformar em aulas para a Escola Dominical, que foram ministradas há alguns anos na classe de mulheres, mas SEM nenhum fruto, creio eu.

  • Com a esperança de que este esforço, em algum tempo, pudesse ser aproveita pela igreja, para honra e glória do Senhor, refiz este trabalho, agora não em forma de aulas, mas de um humilde livreto. Eis ai o resultado.

INTRODUÇÃO

Gn. 2:24-“Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.

Esse é o projeto de Deus, no qual ele tem perseverado através de milênios. Ter uma grande família!  Ao criar o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança, ele os colocou no jardim do Éden, os abençoou e lhes disse: “Sêde fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes  do mar, sobre as aves dos  céus, e sobre todo o animal que rasteja sobre a terra”(Gn.1:27,28). Nomeou o homem nada menos do que seu “embaixador” na terra, e por isso lhe deu o domínio sobre toda a criação. Instruiu para que os casais fossem se formando, cada homem com sua mulher, sempre em submissão ao Criador, zelando pela natureza, num projeto inteligente e harmonioso, de modo a formar uma grande família permanentemente feliz. Um ponto importante. A imagem e semelhança do Criador dotaram o homem de livre-arbítrio, isto é, inteira e total liberdade para escolher  os seus caminhos. Apenas lhe indicou como deveria se comportar, para ser feliz: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

Vamos entender bem este ponto. A vida de que o casal desfrutava fluía como resultado de sua perfeita comunhão com Deus, de quem, pelo que se entende de Gn.3:8, recebiam visitas diárias! Descobre-se, nesse mesmo capítulo, que ao usarem de sua liberdade de escolha, os nossos primeiros pais foram iludidos pela argumentação de Satanás e preferiam não cumprir a proposta do Criador. Realmente morreram espiritualmente, quer dizer, perderam sua vida de comunhão com Deus e mais tarde morreram biologicamente. Houve uma verdadeira revolução: Aquela imagem e semelhança de Deus, foi substituída por uma natureza totalmente humana, independente.Até mesmo o restante da criação sofreu as conseqüências:“maldita é a terra, por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de sua vida. Ela produzirá cardos e abrolhos e tu comerás a erva do campo”(Gn.3:17[b],18). Por intermédio de Adão o pecado entrou no mundo e com o pecado a morte, uma vez que esta natureza “independente”, recém-adquirida, passaria a todos os homens (Cf. Rm.5:12).

O capítulo três de Gênesis ainda nos revela dois fatos importantíssimos, frutos da misericórdia do Senhor: no versículo quinze, a primeira profecia referente à vinda de Cristo (como descendente da mulher, iria ferir a cabeça de Satanás). O projeto de Deus para a redenção humana! Em seguida, no verso desesseis, o que poderia parecer uma verdadeira maldição para com a mulher (as mulheres não cristãs pensam assim), foi, na verdade, uma providência do Criador, estabelecendo a base da estrutura familiar: O homem, deixando pai  e mãe, não somente se uniria à sua mulher, mas de agora em diante, teria de ser também o o responsável por ela(!) . Porque aquele casal, bem como todas as famílias que se formariam a partir do mesmo, viveriam em constantemente em luta contra os poderes das trevas. Satanás havia conseguido o seu intento, ao enganar Eva: obteve o domínio  total da terra, no dizer de Jesus, assumiu a posição de “príncipe deste mundo”(!). É uma maravilha quando um casal, ao se formar, compreende esta providência do Criador. O homem totalmente responsável por sua mulher, e conseqüentemente por sua família, diante de Deus! 

Primeira Parte: CONCEITUAÇÃO E ESTRUTURA DO LAR CRISTÃO
1Pe. 3:7- “... vivei a vida comum do lar, com discernimento”.

Dentro do conceito geral de FAMÍLIA (clã), usaremos, neste estudo, uma idéia mais restrita da família (lar), e dentro da idéia de LAR, vamos primeiramente tentar compreender o conceito de LAR CRISTÃO, no reino de Deus.

LAR CRISTÃO NORMAL é um conjunto de pessoas que convivem sob o mesmo teto (isto é, residem no mesmo endereço) sob a liderança de um casal, marido e mulher, ambos fiéis servos do Senhor. Além disso, de um modo genérico, pode-se chamar de LAR CRISTÃO, um conjunto de pessoas que vivem sob o regime familiar, mas lideradas por uma pessoa, homem ou mulher, fiel serva do Senhor. Exemplo: o lar de Marta (Lc. 10:38).

Do fundamento
Sl. 119:105:- “Lâmpada para meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos”.A palavra de Deus é o fundamento, isto é o alicerce do lar cristão, porque servirá de BASE na tomada de decisões para a sua formação e manutenção.Confira: 2Tm. 3:14-17.
Da estrutura
Ef. 5:22-25- “Mulheres, sejam submissas aos vossos próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo  este mesmo salvador do corpo. Como, porém a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo  submissas aos seus maridos. Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.

O marido é o responsável, perante o Senhor, por todas as decisões de um lar cristão, e, naturalmente por todas as suas conseqüências (!). Deus exerce sua autoridade sobre esse lar, através do marido, a quem instituiu seu líder. Estude, com atenção mais estas passagens: Gn. 2:24; Ef. 5:25-33; 1Co. 11:3; Cl. 3:19; 1Pe. 3:7; 1Tm. 2:8-15 e 1Pe. 3:1–7.

Observação: O AMOR (ágape) por alguém se expressa através de um forte IMPULSO para satisfazer as suas necessidades. Ora, o marido é a única pessoa, no mundo, a quem Deus outorgou condições para suprir todas as necessidades básicas na vida de sua esposa! Por isto, é preciso que seja um amor verdadeiramente sacrificial. Quando um homem deixa a casa paterna para unir-se à sua mulher, ele deve estar muito bem instruído nesta parte!

 A esposa, criada por Deus como sua ajudadora (que lhe seja idônea. Cf. Gn. 2:18) é a vice-líder do lar cristão. A submissão não é sinônima de obediência. Antes, é uma atitude consciente, livre, espontânea e, sobretudo sábia (Pv. 14:1), mediante a qual a esposa se coloca  sob a liderança do próprio marido; isto só acontece quando ela compreende e aceita que este é o plano traçado pelo Senhor, em sua palavra; como já foi explicado, não como um castigo, mas como uma forma de organização, para que o núcleo familiar tivesse condições de enfrentar as lutas contra os ataques de Satanás (tu lhe ferirás o calcanhar!), o príncipe deste mundo. Somente um lar assim organizado, terá possibilidade de vitória.
Observação: Num lar cristão, sem dúvida, o marido é submisso a Cristo, Cf.1Co. 11:3. E será muito fácil, e até mesmo confortável, para qualquer pessoa ser submissa a alguém que é submisso a Cristo!  Daí ser extremamente complicado para uma mulher cristã ser submissa a um marido não cristão! Igualmente para um homem cristão exercer liderança em seu lar, quando a esposa não é cristã. Antes mesmo de iniciar um namoro, os jovens devem conhecer bem o pensamento da palavra de Deus, expresso em 2Co. 6:14, 15- “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos: porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou, que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o maligno? Ou que união do crente com o incrédulo?”



Conclusão: a autoridade do “chefe” de uma família cristã emana do próprio Deus, enquanto o marido, guiado pelo Espírito Santo (Rm. 8:14), tem em Jesus Cristo, o seu SENHOR! (1Co. 12:3)
O gráfico ao lado mostra com clareza as linhas de autoridade num lar cristão.E considerando que marido, como o principal responsável pelo sustento do lar, passa maior parte do tempo fora de casa ele exerce autoridade sobre os filhos DIRETAMENTE e/ou INDIRETAMENTE, neste caso através da esposa. Para isto, marido e mulher estabelecem JUNTOS, e sob a luz da Palavra (cf. Sl. ll9:105), o “estatuto” do seu lar, contendo normas simples e de fácil entendimento, sobre questões como: horários (de dormir, estudar, brincar etc.), uso da televisão, relacionamentos com pessoas fora do lar, vida devocional, tipos de leituras, regras a respeito da cooperação mútua, divisão do trabalho nas tarefas domésticas, e assim por diante. Na ausência do papai, a mamãe é a responsável pelo cumprimento do “estatuto” dentro de casa.


A posição dos filhos
Pv. 6:20-24:- “Filho meu, guarda a o mandamento do teu pai,e não deixes a instrução de tua mãe. Ata-os perpetuamente em teu coração e pendura-os no teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará;quando acordares falará contigo.  Porque o mandamento é lâmpada e a instrução luz e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.”

Toda criança vem ao mundo como descendente de Adão, quer dizer, dotada de uma natureza humana, e como tal, propensa ao pecado. Leia com atenção: Rm. 5:12; Sl. 51:5; 1Co. 15:48, 49. Por isto, toda criança é naturalmente incrédula, rebelde, egocêntrica e insubmissa. (cf. Pv. 22:15 e 29:15). Também é certo que ela já nasce como proprietária do reino de Deus (cf. Mt. 19:14). Aleluia, amém! Significa que o reino lhe cabe por direito, uma vez que Cristo morreu por TODOS (cf 2Co. 5:15). Entretanto, somente um NOVO NASCIMENTO vai lhe assegurar, em definitivo, a POSSE desse reino! O próprio Jesus, como homem, teve de aprender obediência!(cf. Hb. 5:8)

Os pais têem de compreender que, como instrumentos de Deus, sua responsabilidade é “abaixar o topete”, isto é quebrar a vontade de seus filhos para que eles aprendam, quanto mais cedo, a obediência (Ef. 6:1-4), de modo que, o quanto antes forem instruídos nesta área, mais fácil será o cumprimento daquela tarefa. Saiba a jovem mamãe: ao bater na mão de seu filhinho, para que ele não mexa, por exemplo, na tomada de força, ela está sendo instrumento de Deus para quebrar a vontade dele. Mas saiba também que a Pedagogia moderna ensina: a criança nunca deve ser contrariada, e muito menos castigada!. Pai e mãe cristãos devem saber escolher o caminho.

Citando Larry Coi em Conflitos da Vida (pagina 62): “A facilidade para o jovem se submeter à autoridade de Deus... está diretamente relacionada com o grau em que a vontade dele foi quebrada em casa”.

Saibam também os pais que, na adolescência, a personalidade já está quase formada, e torna-se muito difícil aprender obediência quando a rebeldia foi um fator dominante na composição do caráter. É muito arriscado deixar os filhos entregues a si mesmos, para aprenderem obediência em conflitos com autoridades escolares, autoridades civis e até mesmo través do código civil! Os métodos da escola e da polícia (Febem, etc.) antes, incitam à maior rebeldia! Releia Pv. 29:15!


Segunda Parte: NORMAS BÍBLICAS PARA A FORMAÇÃO DE UM LAR CRISTÃO

INTRODUÇÃO

I.Escala de Prioridades
Mc .8:36, 37-“Que  aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria o homem em troca de sua alma?” Esta pergunta de Jesus nos induz à conclusão de que a salvação  é a mais importante conquista em nossas vidas e na vida de nossos filhos. É ela que nos garante a vida eterna; ocorre que salvar os nossos filhos não é tarefa nossa. É obra do Espírito Santo. Entretanto, como pais e professores da E.B.D. devemos ensinar-lhes o temor de Deus (Cf. Dt. 4:10), infundir-lhes o gosto pela oração, pela leitura bíblica e criar em torno deles um “ambiente” espiritual propício, isto é, um “clima” no qual o fluir do Espírito possa conduzí-los a Cristo.

Agora vem a segunda maior prioridade na vida de uma pessoa a quem Deus “talhou” para esse estado: o casamento. Vejamos alguns textos bíblicos:
v     Is. 62:5- “Porque como o jovem esposa a donzela, assim teus filhos te esposarão a ti, como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus”. O encontro de Deus com seus filhos é comparado ao jovem quando se casa com uma donzela.
v     Jr.16:9- “... Eis que farei cessar neste lugar, perante vós, e em nossos dias, a voz de regozijo e a voz de alegria, o canto do noivo e o da noiva. O casamento ocasionando grande festa com muita alegria, que podiam cessar por causa do pecado do povo. Na Bíblia, o casamento está sempre relacionado com as palavras:noiva-donzela-beleza- festa e alegria.
v     Mt. 25:1:- “Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens, que tomando suas lâmpadas saíram a encontrar-se com o noivo”. Damas de honra, necessariamente virgens, comparecendo a uma festa de casamento, onde o Senhor Jesus (representado pelo noivo) vindo ao encontro de sua igreja. No mesmo sentido são os textos de Ap.19:6-8; 21:2, 9; 22:17. A igreja é a noiva do Cordeiro.
v     Ef. 5:25- “Maridos, amai as vossas mulheres, assim também como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. O amor do marido por sua esposa e do mesmo NÍVEL do amor de Cristo pela igreja. É sacrificial.
Entendemos que o casamento é prioridade acima da profissão, formatura ou tipo de trabalho ou emprego.É verdade que ao se encaminhar para o casamento, o jovem precisa ter uma renda mínima suficiente para assegurar a manutenção do seu lar. Mais adiante voltaremos a este tema.

Mas o fato de ser uma só carne com uma pessoa do sexo oposto, e pelo restante da vida (!) requer de nós uma tremenda responsabilidade ao encarar o assunto!

Leiamos com atenção, mais um texto bíblico: Gn. 24:1-14, o qual narra a história do casamento de Isaque.
v     Os pais precisam ter profundo interesse no processo de casamento de seus filhos.Assim como Abraão desejou que sua futura nora não fosse gente “estranha” ao seu povo, os pais devem orar e orientar os filhos para que prefiram não encontrar seus noivos ou noivas fora da comunidade evangélica. E crer, que se acontece o contrário, pode ter sido também pela vontade de Deus (cf.Rm. 8:28).
v     Por isso, devemos criar “mecanismos” (estratégias) para que os casamentos de nossos filhos aconteçam dentro dos propósitos divinos; ninguém vai imitar Abraão, pois hoje os tempos são outros; entretanto o princípio permanece. Havendo INTERESSE dos pais e encararem o processo com sincera e perseverante oração desde a infância dos filhos, essas estratégias serão descobertas. Deus é fiel!
v     Os pais precisam ter confiança de que Deus está no processo.O escudo da FÉ é a arma poderosa para “apagar todos os dardos inflamados do maligno”(cf. Ef. 6:16)

II.Vivendo no Espírito
1Co. 3:1:- “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo”. Há dois tipos de crentes em nossas igrejas evangélicas: os espirituais e os carnais; já no primeiro século era assim! Entendamos bem o significado das duas expressões seguintes:
a)Viver na carne – viver segundo os caminhos ditados por sua própria natureza - e, portanto, guiado por sua sensualidade. Leia: Os. 4:10, 11; Rm. 1:27; Cl. 2:23; Jd. 19. A sensualidade é a disposição natural de nossa mente e nosso corpo para realizar as obras da carne, descritas em Gl. 5:19-21; ela embota o entendimento e expõe a pessoa à prática do pecado. Ela se manifesta, principalmente através dos seguintes agentes:
v     Impureza - ler: lCo. 6:13, 18; 1Ts. 2:3; 4:7; Tg. 1:21. Impureza é a MISTURA de sentimentos, pensamentos e atitudes de natureza carnal e pecaminosa, com o esforço para uma vida segundo os propósitos de Deus; ao que Tiago chama de “ânimo dobre” (cf. Tg. 1:8) – o ser duas coisas ao mesmo tempo, isto é, ter duas “caras”.
v     Lascívia (ou luxúria) – Ler: Ez. 16:15, 36; Mc. 7:22; 1Ts. 4:5. A lascívia consiste na atitude mental de cultivar pensamentos e sentimentos imorais, o que pode conduzir a fantasias libidinosas e ao erotismo (excitação sexual).
v     Concupiscência – Ler: Rm. 1:24; 7:8; Jo. 2:15-17. É a VONTADE de satisfazer os desejos e inclinações do corpo.

O crente deste tipo precisa ser informado de que viver segundo a carne LEVA À MORTE!(cf. Rm. 8:13).

b)Viver segundo o Espírito – sabendo antes de tudo, de que foi “comprado” por bom preço (1Co. 6:20) e que o seu corpo  é parte de Cristo (1Co. 6:15) e templo do Espírito  Santo (1Co. 6:19), cabe ao  crente escolher ser guiado pelo Espírito (8:14), tendo plena consciência de que “a carne milita contra o espírito e o espírito  contra a carne”(Gl. 5:17). Cada dia ele se enche do Espírito Santo (Ef. 5:18) que lhe proporciona o domínio próprio (Gl. 5:23). E munido de forças espirituais, com armas espirituais, (2Co. 10:3, 4), vence, PELA FÉ, a grande batalha contra a carne, o mundo e o diabo!

Gosto de repetir o conceito de liberdade, o qual aprendi com o meu ilustre irmão e pastor Ary Scates: “Liberdade não é o direito de fazer aquilo que queremos, mas o PODER para fazer aquilo que devemos”. Acrescento: É a sabedoria para discernir as conseqüências de uma escolha, para seguir o CAMINHO que nos leva aos propósitos de Deus!

Conclusão: É a que aprendemos em Gl. 5:25:- “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.
III. Aprofundando um pouco mais

v     O texto de Gn. 1:27 nos revela que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas em dois sexos: homem e mulher. Estava na mente do Criador que esta distinção de sexos iria proporcionar: uma grande atração entre eles e o incomparável prazer em desfrutar da mútua companhia. E as conseqüências seriam duas: garantir a perpetuidade da espécie humana (Gn. 1:26) e a unidade do casal (Gn. 2:24), cada completando o outro. Percebemos que o sexo não pode ser utilizado apenas como fonte de prazer porque nesse caso o corpo humano fica reduzido a um mero objeto “descartável”.
v     .Portanto, são absolutamente inadmissíveis práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo (homossexualidade): pederastia (homem com homem) e lesbianismo (mulher com mulher). São “paixões infames” segundo a Bíblia.(Rm. 1:24-27). O envolvimento sexual com animais é totalmente condenável, conforme Lv. 18:23. Precisamos ainda ensinar nossos adolescentes a manterem o seu corpo em “santificação e honra”, conforme 1Ts. 4:4, evitando a manipulação de órgãos sexuais vulgarmente chamada masturbação. Quando evolui para o vício, essa prática torna-se particularmente perigosa, podendo conduzir a sérios problemas de ordem emocional e de graves conseqüências.
v     Examinando mais uma vez Gn. 2:24: compreendemos que os dois, agora marido e mulher, são uma só alma e um só corpo, isto é, assumem um compromisso mútuo muitíssimo sério diante de Deus. Comparando com 1Ts. 4:4, 5- “cada um de vós, em santificação e honra, saiba conseguir esposa e não com o desejo de lascívia como os gentios que não conhecem a Deus”.

v     Concluímos: Constitui grave pecado diante de Deus, por contrariar frontalmente a sua palavra, toda e qualquer prática sexual fora do casamento. A palavra grega “pornea” (fornicação), também traduzida por relação sexual ilícita, imoralidade, impureza, prostituição,...Sintetiza toda prática sexual fora do casamento. A prática moderna entre os jovens de “ficar”(relacionamento íntimo de um casal apenas para contato e prazer recíproco, com ou sem o ato sexual) é absolutamente imoral e totalmente condenável para o jovem cristão.
v     Portanto, cabe a nós, pais e professores da E.B.D. “inculcar” em nossos filhos que somente dentro do casamento a prática sexual é: legítima, necessária, pura, além de prazerosa e santificada pela palavra de Deus, o nosso Criador (ler Hb. 13:4)

UMA SÓLIDA PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO

Js. 24:15:-...“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.

Se desejarmos sinceramente que sejam cristãos, os futuros lares de nossos filhos, esse tema se torna, para nós, sobremaneira importante. Da mesma forma que uma boa colheita não depende apenas de chuva e sol, no tempo próprio, mas principalmente da escolha da semente, do preparo do solo e dos tratos culturais, uma família cristã pode ser considerada, o “fruto” natural de duas famílias também cristãs, as quais ensinam seus filhos a respeito de alguns princípios básicos da palavra de Deus, nessa área. Assim sendo, moços e moças, espiritualmente sadios, estarão bem preparados para formarem seus lares, conforme os propósitos de Deus. Também é certo que, jovens provenientes de lares desestruturados, espiritualmente enfermos, irão formar lares do mesmo tipo.Vejamos alguns desses princípios.

I. O homem deixa seu pai e sua mãe.
Gn. 2:24-“Por isto deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher ...”
Em primeiro lugar, entendemos que, no reino de Deus, nossos filhos, enquanto solteiros, não são independentes. Um moço cristão, antes de se casar, está sob a cobertura espiritual de seus pais, pelo que, em seu lar de origem já foi preparado para formar uma nova família. E sob esta cobertura, já aprendeu:
v     O discernimento de possuir, da parte de Deus, o DOM para se tornar um chefe de família. Sabemos que a grande maioria dos homens está neste grupo. Aos que não têm esse dom, a Bíblia chama de EUNUCOS, isto é, aqueles que podem permanecer solteiros, sem maiores conflitos com o grupo ao qual pertencem, seja no meio familiar, seja no social. Jesus ensina que há eunucos de nascença, desde o ventre de sua mãe (leia: Mt. 19:12 e Sl. 139:16). Porque, no reino de Deus, há ministérios que podem ser desenvolvidos com muito mais competência por uma pessoa desvinculada de laços matrimoniais. O Senhor Jesus vai mais além quando admite que alguns assumem voluntariamente essa condição por causa de seu ministério! (Cf. Mt. 19:12). A falta de entendimento e sabedoria nesta área, em conjunto com as circunstâncias que envolvem os meninos, tais como rejeição, carência afetiva, pressão do grupo, etc., podem conduzir a perturbações da mente, que levam a desvios de natureza sexual, especialmente homossexualidade. Embora o Senhor tenha se referido apenas aos homens, na minha maneira de ver, esse conceito aplica-se também às mulheres.(Leia: Sl. 113:9 e Gl. 4:27).
v     Que o casamento, no Senhor, É INDISSOLÚVEL. Torna-se necessário “inculcar” esse conceito na mente de nossos adolescentes. A Bíblia não deixa margem a nenhuma discussão a esse respeito.A não ser que se possa admitir o adultério no seio de uma família pertencente ao Senhor, esse casamento é indissolúvel! Quando Jesus admite separação “somente em caso de adultério...” ele levou em conta dois motivos:
a)O adultério rompe o vínculo matrimonial. No momento em que um dos            cônjuges pratica uma relação sexual ilícita, a condição “...e serão os dois uma só carne” está desfeita . Somente a GRAÇA de Deus, mediante verdadeiro arrependimento e genuíno perdão, poderá restaurar esse vínculo! Aleluia! Jesus veio para salvar o que estava perdido!(Lc. 19:10).
b)Com a exceção, o Senhor Jesus protege o cônjuge fiel quando é traído. Não havendo condição para a restauração do vínculo matrimonial, como já foi dito, então pode ser admitida a separação.
    Que os nossos jovens possam aprender tudo isto, antes que comecem relações de namoro, para que não venham a embarcar em canoa furada. AMÉM!
 Nota: Precisamos recuperar a expressão “até que a morte nos separe” nas cerimônias de casamento, porque: “o que Deus ajuntou, não o separe o homem!”

II. Removendo Obstáculos
Não podemos  ignorar a dificuldade da maioria dos nossos jovens:Estão na igreja tentando agradar a Deus, participando dos trabalhos, ocupando cargos, mas sem a  experiência de conversão.  Gostam do “ambiente”, fazem boas amizades, conseguem  algumas “paqueras” e até namoros; um agradável ponto de reuniões como se fosse um clube. Por isso, de um modo geral, não têm prazer na  leitura da Bíblia, não desenvolvem uma vida de oração, não crescem espiritualmente e nem aparentam estar CHEIOS DO ESPÍRITO. A “raiz” deste problema está em que a grande maioria de nossos jovens provém de lares, alguns não cristãos, outros cristãos, mas que não deram prioridade à conversão de seus filhos. Preocupam-se apenas com a saúde, os estudos e o bem estar material deles. Agora me dirijo aos pais: se, dentro de um espírito de humildade, reconhecermos ter falhado nesta área, o caminho é o arrependimento; confessando ao Senhor a nossa falha, a nossa indiferença, buscando-o com mais intensidade e de todo o coração! (Jr. 29:13); orando, cada dia por nossos filhos e com nossos filhos, procurando leva-los à presença de Deus!

Será interessante, também propor aos ministérios da igreja, reuniões e atividades  que possam criar em torno de nossos jovens, uma atmosfera espiritual na qual os seus corações estejam abertos para uma DECISÃO definitiva por Cristo.Por exemplo: retiros espirituais, com períodos de reflexão e palestras ministradas por pessoas reconhecidamente ungidas pelo Espírito Santo. Cultos de decisão. Vigílias ou outros tipos de programação com objetivo bem definido nesta direção.Lembremo-nos de que: “Quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo. 3:3).

Outra sugestão: usar as aulas da E.B.D. para evangelização, lembrando-nos de que: “Quem crer e for batizado, será salvo”.

Nota: A preparação para o casamento alcançará com muito mais facilidade, os jovens convertidos.

III. As Necessidades Básicas Pré-Matrimoniais
1)      Saúde: ora, se dois corpos e duas almas pretendem ser uma só carne, é indispensável que o seu estado de saúde física e mental seja razoavelmente bom. Enfermidades de ordem psíquica, ou doenças crônicas do organismo precisam ser tratadas e controladas para que não se transforme em fonte de distúrbios e dificuldades no futuro lar. NOTA: as pessoas que se mantém castas tem maior probabilidade sua saúde, do que aquelas que procuram satisfazer seus impulsos sexuais com “parceiros” de saúde duvidosa.(cf. Pv. 7:1-27).

2)      Suporte material:- o Criador, ao instituir a família, determinou que o seu sustento fosse através do trabalho. Em Gn. 3:19, lemos: “no suor do teu rosto comerás o teu pão”. Não devemos entender como maldição, mas como a provisão de Deus para essa nova condição de vida, cuja escolha foi do próprio homem. Por isso, no projeto do seu casamento o jovem ter a resposta firme para esta pergunta: de onde virá o sustento material do meu lar? O normal de um casal é pensar em ter filhos, e é natural que o cuidado das crianças precisa ficar sob a responsabilidade da mãe; assim sendo, um rapaz, muito antes de arranjar uma namorada, pense em assegurar uma profissão, um trabalho com expectativa de criar a possibilidade de ganhar o sustento de sua futura casa. E aqui vai um conselho: mesmo optando por uma profissão “intelectual” é muito bom aprender fazer (e bem feito, cf. Ec. 9:10) alguma cousa com as mãos. De repente pode ser muito útil numa época de dificuldade ou mesmo desemprego. Paulo, o grande apóstolo, era um teólogo, mas aprendeu a fabricar tendas; num determinado momento essa profissão lhe assegurou o próprio sustento (At. 18:2, 3). Não esquecer que o sustento do lar é responsabilidade do marido, embora possa ter ajuda da esposa.
3)      E a responsabilidade da mulher? Quanto às moças elas devem ter muito firme o seguinte: a tarefa principal, prioridade absoluta de uma mulher casada, é cuidar zelosamente dos filhos, pelo menos enquanto pequenos. O mundo hoje está como está, especialmente na questão do menor abandonado e de suas terríveis conseqüências no terreno da marginalização e do crime, por causa da não compreensão das mulheres a respeito de sua MISSÃO: ser mãe. (2Tm. 2:15). Conforme Gn. 3:15, Deus disse a Eva: tu lhe ferirás a cabeça (de Satanás); saibam vocês, mulheres, que literalmente estão ferindo a cabeça da “serpente” quando instruem e orientam adequadamente seus filhos nos caminhos do Senhor! Tornam-se vitoriosas na luta contra o diabo! As mães, não entendendo isto, deixam seus filhos na rua ou por conta de creches ou de terceiros, e dão sopa para o azar, isto é, entregam o ouro para o “bandido”. Nota: se uma moça não gosta de crianças é bom que nem pense em se casar!
4)      E da igreja? É dever da igreja proporcionar cursos para moças com adequado conteúdo, para ensiná-las a cuidar espiritualmente e zelar biologicamente de uma criança para que ela possa crescer como Jesus: em estatura, sabedoria e graça! (Lc. 2:52) É bom ler também: Tt. 2:3-5.
5)      Quanto ao trabalho fora do lar. A Bíblia não proíbe a mulher trabalhar fora do lar.Pv. 31:10-31 mostra claramente a mulher empresária que faz negócios, praticamente sustenta a sua casa, mas que não esquece de dar prioridade às funções de mãe e esposa. AMÉM e AMÉM!
O NAMORO CRISTÃO
Pv.18:22-“O que acha uma esposa acha o bem, e alcançou a benevolência do Senhor”
1Ts. 5:23-“O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo e o vosso ESPÍRITO, ALMA E CORPO sejam conservados ÍNTEGROS e irrepreensíveis na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
 Não encontramos na Bíblia a palavra namoro. Entretanto reconhecemos ser um procedimento legítimo e necessário à pessoa que coloca o casamento em seu projeto de vida. Entendemos que namoro cristão é um relacionamento de amizade entre duas pessoas de sexo oposto, de natureza estritamente espiritual, isto é, sem envolvimento emocional e muito menos físico, com o objetivo do melhor conhecimento mútuo de suas personalidades, no que concerne às suas qualidades de caráter, suas afinidades de alma, e no propósito de uma possível futura união. Sem esse propósito, qualquer iniciativa neste sentido é totalmente inaceitável no meio cristão.
I.Crescimento do grau de intimidade
Gn.2:24-: “... tornando-se os dois uma só carne”. O que significa: os dois desfrutarão de total intimidade. Realmente é no casamento que um casal cristão experimenta a plenitude de sua intimidade. No plano de Deus, esse processo se desenvolve em três etapas:
INTIMIDADE ESPIRITUAL – É a fase do namoro.
IMTIMIDADE EMOCIONAL (das almas) – na fase do noivado
INTIMIDADE FÍSICA (dos corpos) – no casamento
NOTA: estas fases não são “estanques”. É claro que a intimidade emocional (mental), se inicia na fase do namoro, e a intimidade física, como o beijo, os abraços começam no período do noivado; mas no plano de Deus, os estímulos ao ato sexual devem ficar para o período da intimidade plena. Veremos esta questão com mais detalhes, quando tratarmos da “fraude emocional”. O mundo, cujo príncipe é Satanás (Jo. 14:30) tem uma estratégia particular para complicar o plano de Deus: no namoro, NÃO CRISTÃO, a ordem é invertida:
Intimidade física – os corpos já são usados desde os primeiros encontros para a satisfação dos desejos físicos num “agarra-agarra”, isso quando não vai mais longe!          
Intimidade emocional – passa ser apenas o resultado do “esfrega-esfrega”, criando na cabeça do casal, onde a expressão gostar está associada a uma falsa satisfação emocional produzida pela intensa intimidade física. Dá para entender?               
Intimidade espiritual – inteiramente desnecessária... e... fica para depois. Acontece que os nossos jovens precisam entender: cada pessoa humana compõe-se de ESPÍRITO, ALMA E CORPO.  Quando um casal se envolve apenas fisicamente, assemelha-se ao “acasalamento” entre animais. Continuam como duas pessoas DESCONHECIDAS! Uma Conhece o corpo da outra, mas na verdade não sabe QUEM ela È! Mas quando um casal cristão começa um relacionamento tentando alcançar a UNIDADE ESPIRITUAL, passa a se conhecer melhor como pessoas que realmente são e podem em seguida começar o processo emocional de intimidade.

II.Importância da Pureza Moral
O apóstolo Paulo enfatiza sobremaneira a importância da pureza moral na vida de uma pessoa cristã; leiamos: 1Co. 6:18-20. “Fugi da impureza!” Vamos analisar com detalhes, o mesmo apóstolo 1Ts. 4:3-8 conforme a Edição Cartas às Igrejas Novas:
Vs. 3- “O plano de Deus é a nossa santificação, que implica, antes de mais nada, na abstenção completa de toda a imoralidade sexual.
Vs. 4,5- “Cada um deve procurar dominar o corpo, conservá-lo puro, e tratá-lo com respeito, nunca o considerando como instrumento de prazer e satisfação, tal como fazem os pagãos que não conhecem a Deus”.
Vs. 6- “Não podeis violar esta lei, sem, de qualquer modo prejudicar o próximo e lembrai-vos que Deus punirá todo aquele que pratica ofensas desse gênero, como por experiência já sabemos, e, aliás, já vos prevenimos”.
Vs. 7- “Deus nos chama à pureza completa e não à impureza”.
Vs. 8- “Todo o que não leva a sério esta regra, é ao mandamento de Deus que desobedece e não às prescrições humanas. Não é em vão que o Espírito de Deus que nos é concedido se chama: Espírito Santo”.
1Ts. 4:6- “... ninguém ofenda nem defraude o seu irmão”. Defraudar, de um modo geral significa enganar; entretanto, neste contexto, defraudar significa despertar em outra pessoa desejos sexuais que não podem ser devidamente satisfeitos” (Cf. Conflitos da Vida, Cf. L. Coy, pg. 93). Entendemos que  manter intimidade corporal antes do  casamento é defraudar a outra pessoa; as conseqüências irão se refletir após o casamento, às vezes, logo nos primeiros meses! É bom que nossa juventude saiba disso!
III.Quando iniciar um namoro?
1Jo. 2:14:- “... jovens, eu vos escrevi porque tendes vencido o maligno”. Se um(a) jovem está firme em sua decisão por Cristo, e tem encarado o casamento como a segunda maior prioridade em seu projeto de vida; se já entendeu bem os fundamentos para a formação do seu futuro lar, dentro do reino de Deus; se tomou conhecimento das necessidades básicas pré-matrimoniais, então esse(a) jovem pode começar a pensar seriamente em um relacionamento de namoro.
 Seria excelente se a igreja se preocupasse com esse assunto, reunindo pais e jovens, principalmente na fase juvenil para debater o tema. Trazendo especialistas nesta área para tais debates. Principalmente para esclarecer às famílias em geral da inconveniência, por exemplo, do namoro entre adolescentes. Na minha visão, o namoro deve ser iniciado tão logo o jovem reúna as condições mínimas para estabelecer seu lar: maturidade espiritual e emocional, uma fonte de renda mínima para manter duas pessoas. Lembrando Gn. 2:24-: “Portanto, deixa o homem seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher...” A iniciativa do namoro será sempre do moço.
Reunidas estas condições, lembrando Pv. 19:14- “A casa e os bens vêm como herança dos pais, mas do Senhor, a esposa prudente”, este moço começa um período de oração confiando que o Senhor vai orientá-lo nesta direção.Um moço temente a Deus, jamais fará as cousas por si próprio! (Sl. 25: 12).Será ótimo se seus pais também entrarem no processo de oração. Deus é fiel. No tempo oportuno “aparece” a candidata.
Para assegurar a benção do Senhor sobre o processo, o início do namoro deve terá permissão dos pais. E jamais começar um namoro por brincadeira. É pecado brincar com os sentimentos de outra pessoa. Isto é o que se pode chamar de fraude sentimental.
IV. Passos para o início do namoro, no reino de Deus.
A orientação aos nossos filhos e alunos da E.B.D. deve ser a seguinte:
a)      ORAÇÃO-: coloque no altar do Senhor o seu desejo.Faça, por escrito um PERFIL da moça ou do rapaz, que, no seu coração, gostaria que Deus levantasse para ser sua esposa ou seu marido. Vou fazer dois perfis, para servir de exemplo. Mas, saiba que é apenas um exemplo.                                                                                                         Para a moça: meu futuro marido deverá ser: um rapaz crente, de bom testemunho, interessado na obra de Deus. Tendo atualmente entre 20 a 27 anos, escolaridade, pelo menos segundo grau completo; ter uma fonte de renda mínima que assegure a manutenção inicial de nosso lar. Se preferir, pode colocar outros itens, como beleza física, cor, altura, gostos, etc.                                             Para o rapaz: minha futura esposa deverá ser: uma moça crente, de bom testemunho, interessada na obra de Deus; tendo atualmente entre 17 e 22 anos, escolaridade, pelo menos primeiro grau completo; outros itens: interesse por atividades domésticas, gostar de crianças, altura , cor, beleza física etc.         Importante: quanto mais “curta” a lista, mais facilidade terá o Senhor para satisfazê-la, concorda? Leve, sinceramente, este perfil para o altar do Senhor. Ele é fiel e vai atender! Glória a Deus! Também será muito bom que nesta fase de oração nossas moças e rapazes CONHEÇAM o maior número possível de outros jovens, também cristãos. Quando os pastores e líderes tiverem esta visão, haverão de, periodicamente promover encontros e eventos para jovens, e de igrejas diferentes, facilitando esse conhecimento para início de namoros sérios e estáveis no meio cristão.
b)      Iniciando o processo – vou repetir que já foi dito: a iniciativa para o relacionamento deve ser do moço: “deixa o HOMEM seu pai e sua mãe...” (cf. Gn. 2:24); depois de trocar idéias com os pais, e eles concordam que “está na hora”, naturalmente ele já “de olho” em sua “escolhida” e já percebeu que a sua “eleita” está como que esperando o convite para iniciar o namoro; depois de orarem juntos colocando no altar do Senhor essa intenção, o jovem procura os pais da moça pedindo autorização para esse relacionamento; o pastor comunica à igreja, para que a comunidade dê cobertura espiritual àquele casal. Se foram de igrejas diferentes, o processo se desenvolve em ambos os grupos.
c)      .Desenvolvendo o namoro – na presença de Deus, o casal estabelece os LIMITES para o seu relacionamento, dando, é claro, maior intimidade espiritual. O casal, sem prejuízo do estudo ou trabalho estabelece a freqüência e os locais de seus encontros e passeios para estarem juntos e se conhecerem melhor como pessoas, orarem e estudarem juntos a palavra de Deus, tendo o cuidado de deixarem para mais tarde, toda e qualquer intimidade física! Cada um comunica ao outro e com muita sinceridade e lealdade o seu projeto de vida, suas expectativas e seus sonhos ara o futuro. É bom também cada começar a conhecer a família do outro.                                                                                  Não esquecer: periodicamente avaliarem o progresso desse relacionamento, cada um dando oportunidade ao outro para continuar ou interromper o namoro. AMÉM!??
O NOIVADO CRISTÃO
Pv. 19:14:- “A casa, os bens vêm como herança dos pais  mas do Senhor a ESPOSA PRUDENTE
A fase do namoro termina com a decisão objetiva do casal: vamos unir as nossas vidas; sentimos em Deus que esta é a sua vontade. Recomendo um pequeno período  (uma ou duas semanas) de oração e jejum; afinal, este casal está tomando a decisão mais importante em sua vida terrena! Nesse período, cada um ora em particular buscando em Deus a expressa revelação de sua divina vontade. Confirmada a decisão, o próximo passo é marcar, se não a DATA, pelo menos o mês do casamento. Se possível, uma reunião das duas famílias para celebrar a decisão. Melhor ainda se essa reunião incluir a igreja para a total cobertura espiritual nesta fase; as alianças são colocadas na mão direita. Agora, são NOIVOS! Começa a preparação para  o casamento.
                         I.      Estabelecendo os limites de intimidade: ao casal se permite maior intimidade emocional, pois já existe uma forte intimidade espiritual; portanto, nesta fase começam a se unir, suas emoções e suas vontades. É óbvio que antes de ser  uma só carne precisam se tornar uma só alma. São estabelecidos, diante de Deus, os limites da intimidade física. Todo o cuidado para não adiantar o processo caindo na tentação da prática sexual antes do casamento; não se devem também permitir carícias que levam ao permanente estado de tensão e excitação em seus próprios corpos. O conselho do apóstolo Paulo é bastante apropriado, em 1 Co. 7:9- “Caso, porém que não se dominem, que se casem, porque é melhor casar do que viver abrasados”.
                      II.      Planejamento: lançando o olhar para o futuro o casal cristão começa a planejar:                                  
a)      Seu padrão de vida: em que nível econômico-financeiro pretendem viver, incluindo o tipo de móveis e utensílios com que pretendem começar sua vida a dois; sempre de acordo com as suas reais possibilidades; muito cuidado  com as prestações e outros compromissos financeiros; é aconselhável começar com um padrão de vida mais simples, SEM DÍVIDAS, até sentir segurança para subir de padrão. Também é importante decidir desde já sobre o trabalho da futura esposa dentro e fora do lar. No caso deste trabalho exigir seu tempo integral fora de casa, como fica a questão do cuidado dos filhos? Não deixem de examinar a questão antes do casamento!
b)      Moradia; há um adágio popular que afirma: quem casa, quer casa, longe  da casa onde casa”; a própria Bíblia ensina: “deixa o homem seu pai e sua mãe (Gn. 2:24). Morar com os pais de um deles deve ser evitado. Quem sabe morar numa simples edícula, ou em dois cômodos, até poder adquirir um terreno, etc.
c)      Planejamento familiar: cada um revela ao outro a questão do interesse por ter filhos e também a expectativa do número deles (!). Se possível se submeterem a exames especializados que revelem a condição de cada um para gerar filhos, assim como os exames chamados pré-nupciais; esse cuidado evitará futuros problemas.
d)     Engajamento na obra de Deus: no caso dos noivos pertencerem a igrejas distintas, chegou o momento de escolherem uma delas. Sendo ambos da mesma igreja, será ótimo estarem engajados firmemente na OBRA DO SENHOR; se não for possível desempenharem juntos um único ministério (o que seria ideal), pois isto depende de vocação divina, que estejam, ambos aplicados no trabalho da igreja. Que não sejam apenas seus freqüentadores (do tipo “esquenta-banco”), “sabendo, que no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co. 15:58). Enfim, um lar espiritualmente sólido será o resultado de cônjuges estudiosos da palavra de Deus, fervorosos na  oração e dedicados na obra do Senhor.
III.Inter-relacionamento das famílias: um casamento deve UNIR também as famílias dos noivos. Esse tempo de noivado é época muito oportuna para estabelecer estratégias que quebrem possíveis barreiras e estabeleçam laços de amizade e verdadeira união entre ambas as famílias.
ENFIM...SÓS!
Ct. 4:12:- “Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte selada...”
Já estudamos detalhadamente como deve ser o comportamento das moças e rapazes cristãos que consideram o casamento o segundo passo mais importante de suas vidas terrenas; é claro que o primeiro foi a sua decisão por Cristo! Iremos abordar, em seguida, alguns aspectos iniciais e práticos da união conjugal:
v     O contrato civil é indispensável para que a NOVA família esteja coberta e protegida pelas leis que regulamentam o casamento civil.Nem passa pela cabeça de um casal cristão a sua iniciação matrimonial SEM o contrato  civil. Certo?
v     Quanto à celebração desta união matrimonial (isto é, o  casamento religioso), com a presença dos parentes, amigos e principalmente da igreja, também deve ser preparada com muito carinho; enquanto os irmãos em Cristo impetram a benção de  Deus sobre o novo lar, também estão assumindo a responsabilidade de dar COBERTURA ESPIRITUAL  e material sobre o casal; se os noivos eram de igrejas diferentes,uma decisão já ter sido tomada;  qual das igrejas a NOVA FAMILIA vai pertencer? Não é aconselhável, em hipótese alguma que um casal sirva a Deus em igrejas diferentes!
v     Quanto à festa, se houver, que seja sem ostentação nem exageros, sempre dentro dos padrões éticos e econômico-financeiros das famílias participantes.
Enfim... SÓS. A expressão “lua de mel”, todos sabem, designa os primeiros dias de convivência íntima do casal. Esta fase igualmente deve ser planejada com muito carinho, pois qualquer decepção ou frustração nesse tempo pode MARCAR  o restante de suas vidas. Por isso é aconselhável fazerem uma viagem, onde, longe de tudo e de todos, possam gozar de toda a liberdade para o perfeito AJUSTAMENTO neste momento tão sublime! Agora podem desfrutar de sua PLENA INTIMIDADE! E o papel do noivo é fundamental; em Ct. Capítulos 3 e 4, a Bíblia destaca como algo maravilhoso! O livro de Provérbios do mesmo autor (Salomão) afirma “ser maravilhoso o caminho do homem com uma donzela! (cf. Pv. 30:19). Há uma expectativa enorme, principalmente por parte da noiva; assim sendo o moço não deve se comportar nem “apressado”, nem afoito para “entrar no jardim fechado!”(Ct. 4:12). Essa aproximação deve se caracterizar por um profundo respeito, intenso carinho e, às vezes, até um pouco de paciência, uma vez que a primeira vez pode se tornar “dolorida” para a mulher.
Esse é o momento mais sublime e inesquecível na vida de um casal! Assim ocorrendo, dentro de poucos dias já se estabeleceu um perfeito ajustamento e o cumprimento do mandamento bíblico: “tornando-se os dois uma só carne”. Até este momento havia entre eles intimidade espiritual e emocional. Com a união dos corpos foi atingida a INTIMIDADE PLENA! Aleluia!! Cumpriu-se a vontade de Deus! Uma nova família foi estabelecida!